20/05/2017

Como plantar lippia alba

Como Plantar Lippia Alba - Como Cultivar

Como plantar lippia alba

A lista de nomes populares da Lippia alba (Mill) N. E. Brown é grande e com diversas variações para as denominações erva-cidreira, melissa, sálvia e alecrim, entre outras. Porém, ainda é pouco explorado por aqui o cultivo dessa planta, que reúne características para um plantio fácil e produz óleo essencial usado para a fabricação de produtos da indústria de cosméticos e perfumaria. 

Exceto em regiões com incidência frequente de geadas durante o inverno, a Lippia alba pode ser plantada em qualquer parte do território nacional, sendo uma ótima alternativa para pequenos e médios agricultores aumentarem o orçamento mensal. A espécie herbácea de formato irregular tem manejo simples, rápida colonização e floresce o ano todo.

Rústica e sem registro de problemas graves com pragas e doenças, a Lippia alba cresce bem em campo aberto, opção econômica de cultivo que exige apenas a formação das estacas em viveiros. Com flores brancas, rosas ou lilases, formando inflorescências terminais perenes, e folhas peludas e pequenas, com 1 a 3 centímetros de comprimento, o arbusto multirramificado, que atinge de 2 a 3 metros de altura, demanda pouco espaço para seu desenvolvimento.

A planta é usada para a elaboração de chá, principalmente pelos seus popularmente conhecidos efeitos calmante, analgésico e digestivo. A Lippia alba é usada para a elaboração de chá, principalmente pelos seus popularmente conhecidos efeitos calmante, analgésico e digestivo. Também é indicada como fitoterápico para ação expectorante, em casos de tosses causadas por gripes e resfriados, e utilizada para realização de compressas e banhos. Antiasmática, antidiarreica, antiespasmódica em cólicas hepáticas, sedante gastrointestinal e fortificante cerebral são algumas outras funções que possui.

É ainda destinada para combater afecções da pele e das mucosas, dores musculares e reumáticas, flatulências e laringite. A bebida feita com a infusão das folhas e flores frescas da Lippia alba, contudo, não deve ser ingerida por hipotensos.

Pertencente à família Verbenaceae e nativa do sul do Texas (Estados Unidos), México, Caribe, América Central e América do Sul, a planta é encontrada na natureza às margens de rios e riachos e ao longo de costas litorâneas. Como os ramos se enraízam naturalmente ao tocar no solo, a taxa de propagação vegetativa é alta.

Tanto o crescimento inicial quanto a rebrota da Lippia alba são acelerados. O primeiro corte dos ramos está liberado aos seis meses de vida, ou quando estiverem com 1 metro de altura. O corte, no entanto, deve ser realizado a 20 centímetros do nível do solo. As próximas colheitas podem ser feitas a cada quatro meses durante o ano inteiro. A partir de uma moita, é possível obter cerca de 50 estacas.

Como Plantar

Local: A Lippia alba é bastante rústica quanto ao ambiente e aceita condições muito variadas. No entanto, seu desenvolvimento é acelerado em regiões quentes e ensolaradas. 

Plantio: Pode ser feito com as estacas enfiadas diretamente na área definitiva e em solo revolvido, dispensando a necessidade de formação de mudas em viveiro. É de fácil execução. Basta irrigar dia sim, dia não, durante o primeiro mês do cultivo. Embora não seja exigente em fertilidade do solo, a Lippia alba se desenvolve melhor quando há bom teor de matéria orgânica e alguma umidade.

Estacamento: De aproximadamente 20 centímetros de comprimento e 1 centímetro de diâmetro são as recomendadas. Ao retirá-las, evite a parte mais fina dos ramos. Corte a base em ângulo para espetá-la no solo, enterrando cerca de 10 centímetros da estaca com as gemas (inserção das folhas) para cima.

Espaçamento: Em uma pequena área de 10 por 20 metros quadrados com 100 plantas é de 2 metros entre linhas. Adote cinco linhas com uma planta a cada 1 metro.

Alguns cuidados: Importante podar os ramos entre 1 e 1,5 metro de altura, pois quando muito longos tendem a acamar e perdem folhas. Escolha sempre para o cultivo uma área limpa de invasoras, sem tiririca e picão-preto, que alteram a qualidade da Lippia alba se misturados com ela. 

Produção: Toda vez que atingirem 1 metro de altura, as hastes com folhas e flores podem ser colhidas, lembrando que o corte deve ser feito a 20 centímetros do solo. Em geral, a cultura suporta de três a quatro cortes por ano. Podem ser realizados em qualquer época, mas a rebrota virá mais rápida na colheita de verão. Em lavouras com até 100 plantas, é fácil colher utilizando apenas uma tesoura. Contudo, em áreas maiores, as roçadeiras costais são mais indicadas.

O óleo é o mais valorizado entre os produtos derivados da Lippia alba. As mudas das plantações da cultura têm preço, em média, de R$ 0,30 a unidade, enquanto o quilo de folhas secas chega a R$ 5. Já o óleo essencial atinge o preço de R$ 600 o quilo no mercado. O produto mais caro, no entanto, exige mais investimentos na atividade, pois, para fazer a extração da planta, é necessário contar com destiladores por arraste a vapor. Uma opção para diluir os custos é adotar, entre os agricultores da região, um sistema de compartilhamento do maquinário, que também pode servir para agregar valor a outras plantas aromáticas.

Resumo:

Solo: rico em matéria orgânica e úmido
Clima: adapta-se bem a regiões quentes, mas também tem bom desenvolvimento em locais com temperaturas amenas
Área mínima: pode ser plantada em canteiros
Colheita: a cada 4 meses

Fonte - Revista Globo Rural

Como plantar maçã

Como Plantar Maçã - Como Cultivar

Como plantar maçã

Presente em momentos decisivos de histórias universais, de religião a conto de fadas, a maçã (Malus x domestica) é uma fruta mundialmente conhecida. Seu consumo ocorre em todos os continentes, sendo apreciada por povos diferentes de todos os cantos do planeta. Aqui, ela também tem demanda garantida, com abastecimento oriundo de plantios domésticos e do comércio realizado em feiras, mercearias, varejões e supermercados.

Típica de clima frio, a macieira, trazida pelos primeiros colonizadores europeus para as terras brasileiras, encontrou inicialmente em Santa Catarina as condições adequadas para seu cultivo. Ao avançar para o Rio Grande do Sul e Paraná, passou a formar, até hoje, o principal polo produtor da fruta. 

Aos poucos, a pomicultura se espalhou pelo país, mas só começou a prosperar comercialmente nos anos 1960, quando grandes empresas instalaram pomares e montaram infraestrutura para o desenvolvimento da fruteira. De lá para cá, a incorporação de novas tecnologias na cadeia de produção da macieira resultou em aumento significativo da qualidade e do volume colhido da fruta, passando a abastecer o mercado internacional.

A popularidade da maçã, contudo, mantém promissora a atividade do plantio para pequenos agricultores. Sem ocupar muito espaço, com tronco de 50 a 100 centímetros de altura – chega a atingir 2 metros de altura em pomares comerciais –, copa arredondada ou cônica, com flores brancas ou róseas perfumadas, a fruteira pode ser plantada em sítios, chácaras e quintais de residências, gerando produções que podem explorar oportunidades próximas à plantação.

A atividade começou a prosperar comercialmene só nos anos 1960, quando grandes empresas instalaram pomares e montaram infraestrutura
Cerca de 80% da maçã produzida no Brasil é destinada para o consumo in natura. O restante é enviado para a fabricação de suco, sidra, vinagre, geleia, compota, purê, chips, maçã desidratada para chá e polpa para alimentos infantis, doces e iogurtes.

Com polpa branca ou creme e muita água, envolvida por casca verde, amarelada, vermelha ou rosada, a fruta é rica em vitaminas A e C, fibras e sais minerais. Ainda tem propriedades que diminuem o colesterol e o risco de doenças cardiovasculares, previnem câncer, alergias e irritações, ajudam na circulação sanguínea, fortalecem os pulmões e evitam cáries.

A macieira pertence à família Rosaceae, a mesma da pereira, do pessegueiro, da ameixeira e da cerejeira. Apesar de controvérsia entre pesquisadores, a origem da maçã tem a Ásia Central como hipótese mais aceita. Graças às migrações dos povos, a fruta foi levada para a Europa e, a partir do século XVII, foi introduzida nas Américas, Oceania e África.
Como plantar maçã


Como Plantar

Início: Favoreça a polinização cruzada intercalando uma macieira polinizadora, que apresente compatibilidade de pólen e coincidência de época de floração, com uma produtora. Também facilite o processo instalando colmeias de abelhas por perto. De julho a setembro é o período mais adequado para iniciar o cultivo.

Variedades: As principais no país são a gala e a fuji ou seus clones coloridos. O brasileiro gosta de maçã de tamanho entre 6,5 e 8,5 centímetros de diâmetro, com sabor doce ou baixa acidez, firme, suculenta e com casca vermelha. No entanto, existem nichos de mercado que remuneram bem frutas mais ácidas. As precoces, que são colhidas e já vendidas, têm a vantagem de não precisarem de armazenamento. 

Local: A temperatura ideal para o período vegetativo varia de 18 °C a 23 °C, não ultrapassando, no verão, os 25 °C. Durante o inverno, é necessário que seja acumulado um determinado número de horas de frio abaixo de 7,2°C, para que as plantas superem a dormência típica da espécie. A chuva é importante para a cultura e, se houver ventos fortes no local, adote plantas quebra-ventos como cerca.

Propagação: A mais recomendada é a enxertia. Colete estacas com 10 a 15 centímetros de comprimento e que estejam mais distantes das raízes e de ramos com apenas um ciclo, pois enraízam mais facilmente. As estacas dormentes coletadas durante o inverno demoram mais, porém, são mais simples e baratas. Comercialmente, a produção de porta-enxertos se dá por mergulhia e, depois, é realizada a enxertia da cultivar.

Plantio: Prepare o solo com aplicação da metade da dose indicada de calcário, subsolagem a 60 centímetros e limpeza do terreno retirando pedras, restos de raízes e tocos. Se o plantio for comercial, há necessidade de estrutura de tutoramento das plantas.

Espaçamento: Habitualmente, utiliza-se a distância de 4 metros entre filas e 0,8 metro a 1,2 metro entre plantas. As covas, recomendadas para plantios em pequenas áreas, não precisam ser muito profundas.

Cuidados: Realize análise do solo e foliar e obtenha orientações da quantidade de nutrientes a ser aplicada com o órgão de assistência técnica da região. O raleio até 30 dias após a plena floração é necessário para evitar que o excesso de maçãs possa comprometer a estrutura e o vigor inicial. Nos primeiros dois anos, retire todos os frutos que se formarem para permitir o crescimento adequado das plantas.

Técnicas de manejo atuais permitem obter maçãs a partir do terceiro ano após o plantio. A safra brasileira em regiões mais quentes inicia-se no final de dezembro, enquanto se estende até o início de maio em áreas mais frias. Colha manualmente os frutos por meio de uma pequena torção do pedúnculo, que deve ser mantido aderido às maçãs, para melhor conservação delas no pós-colheita.

Resumo:

Solo: bem drenado e não compactado.
Clima: de 18 °C a 23 °C durante o período vegetativo; com limite máximo de 25 °C no verão; e no inverno abaixo de 7,2 ºC por um determinado número de horas.
Área mínima: pode ser plantada em quintais de residências.
Colheita: a partir do segundo ou do terceiro ano após o plantio.

Fonte - Revista Globo Rural

Como plantar gengibre ornamental

Como Plantar Gengibre Ornamental - Como Cultivar

Como plantar gengibre ornamental

Nem sempre, quando juntos, sorvete e gengibre referem-se a uma combinação exótica de sobremesa refrescante. Na flora, por exemplo, a associação de ambos está relacionada ao nome e à aparência da Zingiber spectabile, flor conhecida como gengibre ornamental, mas apelidada de sorvetão, por causa do seu formato cilíndrico de até 12 centímetros de diâmetro sustentado por uma haste. 

O gengibre Ornamental, também chamada de gengibre magnífico, a planta asiática é apreciada para integrar jardins de praças, parques, residências, entre outros estabelecimentos públicos ou privados. Exuberante na forma e na apresentação de cores, participa de diversos projetos paisagísticos, fazendo dela uma flor comercial rentável para o produtor. Usada em renques próximos a muros ou em maciços em áreas abertas, a opção em corte, no entanto, tem aumentado a procura para composição em arranjos em vasos.

À medida que envelhecem, as folhas (brácteas) passam do amarelo-brilhante ao róseo-avermelhado, finalizando com um intenso vermelho-escuro. Com aroma que lembra o gengibre, lanceoladas e aveludadas na parte inferior, são sustentadas por uma estrutura fina que pode chegar a 2,50 metros de altura, embora varie, em média, de 30 a 80 centímetros.

O gengibre ornamental é uma planta herbácea, robusta e perene, pertencente à família Zingiberaceae, que engloba cerca de 85 espécies no gênero Zingiber. Resistente ao manuseio e a doenças, tem grande durabilidade, podendo ser cultivada em diferentes locais com alta produção. Por ano, tem capacidade de gerar até 100 hastes florais em cada touceira.

A beleza tropical da planta é requisitada no mercado internacional. Os principais importadores são americanos, canadenses e europeus. Nativa da Malásia, atualmente os maiores produtores são Filipinas, Tailândia, Estados Unidos (Havaí), Jamaica, Colômbia e Equador. Por aqui, ainda não tem cultivo em grande escala, oferecendo uma boa oportunidade de negócio para o agricultor.

Outros fatores que favorecem o plantio do sorvetão são o crescimento rápido e a facilidade no trato cultural, que demanda podas de limpeza, com a retirada de folhas e outras partes da planta quebradas, secas ou doentes; adubações frequentes, principalmente no início da primavera; irrigação constante; e controle de pragas, como ácaros, nematoides, formigas e pulgões, e de algumas doenças. A ocorrência da podridão de raízes e rizomas é facilitada em cultivos instalados em local com drenagem insuficiente.

Embora possa ser plantado o ano inteiro, o gengibre ornamental tem a possibilidade de entrar em dormência no inverno. Por isso, deve ser protegido em estufas durante períodos de frio rigoroso.

Como plantar gengibre ornamental

Como Plantar


Início: Analise a demanda do mercado local para traçar um plano de plantio com bons rendimentos. É importante também conversar com produtores experientes no cultivo da planta, além de paisagistas e floricultores.

Ambiente: Parcialmente sombreado é o preferido do gengibre ornamental, pois, exposto diretamente ao sol, corre risco de queimaduras. A luminosidade, no entanto, é importante para favorecer a produtividade da planta. A faixa de temperatura adequada para o desenvolvimento da flor é entre 22 ºC e 35 ºC, com umidade relativa do ar entre 60% e 80%.

Propagação: A mais indicada é realizada por divisão de touceira, quando se separam rizomas com 6 a 12 centímetros de comprimento. O rizoma, que deve manter junto uma porção do pseudocaule, precisa ser limpo e tratado com defensivos.

Plantio: Se faz, em geral, em covas de 50 por 50 por 50 centímetros, com espaçamento de 1,5 metro entre plantas e 2 metros entre linhas, em solo rico em matéria orgânica e boa capacidade de retenção de umidade, além de bastante fértil. Assegure a irrigação frequente  e a drenagem eficiente.

Espaçando: De 2 metros entre plantas e de 3 metros em fileiras simples, permite o plantio, em média, de 1.667 plantas por hectare. Esse espaçamento grande permite, mesmo com as touceiras adultas, a circulação entre as linhas de plantio para colheita e manejo e melhor uso do solo, que pode ser plantado com outras espécies de ciclo menor até que as touceiras cresçam. 

Adubação: A pós-safra é realizada em três parcelas com intervalos de três meses. Inicia-se pela formulação 14-28-14, na dosagem de 150 gramas por cova, seguida pelas 15-15-15 e 15-03-31, ambas na quantidade de 200 gramas por cova. Todas adicionadas de micronutrientes. Repita a última fórmula um trimestre antes da safra de flores. Em forma de quelatos, aminoácidos ou metalosatos, a adubação foliar com fertilizantes, na fórmula 20-20-20 mais micronutrientes ou 20-20-20 mais 2% de magnésio, deve ser utilizada na dose de 1,5% a 3% a cada semana por seis meses, passando, então, a ser quinzenal até o aparecimento das primeiras flores.

Irrigação:  Pode ser por infiltração, microaspersão ou aspersão convencional (que tem conferido os melhores resultados, por conservar a umidade relativa do ar alta). É preciso manter o solo úmido, mas sem excessos.

O florescimento inicia-se entre oito meses e um ano e meio após o plantio. Cada touceira produz, em média, 70 inflorescências, que devem ser colhidas com o talo inteiro, com 15 a 20 centímetros de comprimento. Se  a plantar for bem hidratada antes da colheita, as inflorescências terão boa durabilidade. Corte as hastes nas primeiras horas da manhã seguinte à noite em que a cultura foi irrigada e conserve- as em água. Após a safra, o sorvetão deve ser todo podado rente ao solo para iniciar um novo ciclo de produção.

Resumo:

Solo: rico em matéria orgânica, fértil e drenado

Clima: são adequadas temperaturas entre 22 ºC e 35 ºC e umidade entre 60% e 80%

Área mínima: pode ser plantado em canteiros, vasos e jardineiras

Colheita: de 8 a 18 meses após o plantio inicia-se o florescimento

Fonte - Revista Globo Rural

Como Plantar Dália

Como Plantar Dália - Como Cultivar

Como Plantar Dália

Basta dar uma olhada em um canteiro de dálias (Dahlia pinnata Cav.) para admirar como a natureza é caprichosa. Com vários formatos e cores diferentes, a flor é uma excelente representante da beleza que pode surgir da terra. A variedade e a exuberância de cada uma delas favorecem suas vendas, permitindo ao produtor que se dedica ao cultivo da espécie lucrar com a atividade.

De trato fácil, a dália é uma planta semi-herbácea e perene, que se desenvolve com rapidez e tem vida longa. É mais indicada para cultivo em jardins, mas também é plantada em vasos e comercializada em corte. Por aqui, o cultivo da flor pertencente à família Asteraceae ocorre em todo o território nacional, com florescimento sazonal predominante durante os meses da primavera e do verão.

Simples, dentada ou dobrada, a dália possui grande número de cultivares com diferentes portes, cores e formas variadas. Existe dália branca, vermelha, alaranjada, rosa, amarela, roxa, mesclada, com capítulo floral tipo pompom, bola, cacto, colarete, anêmona, entre outros. As diversas versões são resultado de muito melhoramento genético realizado ao longo dos anos.

O tamanho das inflorescências oscila bastante, sendo encontradas com diâmetros de 5 a extensos 30 centímetros para uma flor. Ereto, o caule da dália pode ultrapassar 2 metros de altura, embora atualmente as variedades mais cultivadas possuam no máximo 1 metro. Tem um destacado efeito paisagístico onde são plantadas. O porte combinado com a riqueza de tons faz a planta ser muito apreciada para preencher jardins de residências, chácaras, praças e parques. 

Mesmo quando a variedade é alta, a dália tem possibilidade de ser cultivada em vasos, desde que os recipientes sejam grandes. A partir de 90 centímetros, recomenda-se o uso de estacas para apoio. Em vasos ou em corte compondo arranjos florais, a dália é também flor para decorar ambientes internos. Embeleza e perfuma cômodos de casas, escritórios e outros estabelecimentos privados e públicos.

A planta ainda conta outras utilidades. As pétalas são comestíveis e as raízes podem ser cozidas para consumo como hortaliça ou para extração de extrato doce, chamado de dacopa, que é utilizado como bebida ou aromatizante em cafés, chás, chocolates e sorvetes. Do amido abundante na raiz também pode se extrair frutose, o adoçante indicado para diabéticos.

A dália é muito popular no México, onde foi descoberta, durante o período asteca, por índios que se alimentavam das raízes tuberosas da planta. De lá, espalhou-se pela Europa mais tarde, se adaptando ao clima temperado do continente, apesar de ser uma flor que não suporta as temperaturas muito baixas registradas nos países europeus.

Como Plantar Dália

Como Plantar


Início: Dálias desenvolvidas a partir de sementes são plantas anuais comumente vendidas com cores misturadas. Já plantios com uso de tubérculos permitem obter flores de um tom escolhido previamente. Na hora da compra, opte pelos tubérculos maiores, para produção de flores grandes e abundantes. Assegure a aquisição de exemplares saudáveis, sem cortes e sinais de apodrecimento na superfície, partes amolecidas ou secas.

Local: Deve contar com bastante luz. Ao menos por algumas horas do dia, mantenha-as diretamente sob luz solar. Proteja as plantas de ventos, pois seus ramos quebram-se facilmente devido ao peso das flores. Climas tropicais e subtropicais são os preferidos da dália, com temperaturas na faixa de 13 ºC a 25 ºC. Embora possa ser cultivada em diversas condições climáticas, não tolera geadas.

Propagação: Pode ser feita por sementes diretamente no solo ou em sementeiras, para ser transplantadas para o local definitivo. Ainda há as opções por raízes tuberosas e por estacas de ramos semilenhosos.

Plantio:  É possível em qualquer solo. Porém, não pode ser ácido demais nem alcalino em excesso. Indica-se pH entre 6,5 e 7. Os melhores são os solos argilosos, bem drenados e ricos em matéria orgânica. Por meio de sementes, o plantio deve ser realizado no local definitivo a no máximo 0,5 centímetro de profundidade ou em sementeiras, de onde as mudas devem ser transplantadas a partir de 8 centímetros de altura. A germinação leva de uma a três semanas. Se for plantar raiz tuberosa, enterrar no máximo a 15 centímetros, deixando para cima o lado que irá originar o caule. Em seguida, irrigue. Adote o mesmo procedimento em vaso, porém, use substrato com maior proporção de solo e matéria orgânica. No caso, indica-se plantio de variedades de porte baixo. Deixe o vaso em local que tenha incidência de pelo menos quatro horas de luz direta e assegure a aplicação de regas frequentes.

Espaçar: Para as variedades de porte baixo, cultivadas como anuais em canteiros, utilize espaçamento de 30 a 50 centímetros entre plantas. Já se for plantar variedades maiores, o espaçamento varia de 50 a 90 centímetros.

Adubação: A flor é exigente em adubações ricas em fósforo e potássio, por isso, se for utilizar adubos químicos, opte por formulações do tipo 4-14-8 de NPK, que favorecem melhor o florescimento e dão maior resistência às hastes. Utilize adubos orgânicos como complementos.

O período de maior florescimento ocorre na primavera e no verão. O cultivo como flor de corte ainda é pouco estudado, contudo, para arranjos, a haste da dália deve ser cortada nas primeiras horas do dia e, então, bem hidratadas, embaladas e resfriadas a 10 ºC para maior durabilidade.

Resumo

Solo: ligeiramente ácido, argiloso, rico em matéria orgânica e bem drenado.
Clima: tropical e subtropical.
Área mínima: vaso é uma opção para o plantio.
Colheita: da primavera até o verão.

Fonte - Revista Globo Rural

Como plantar erva-doce

Como Plantar Erva Doce


Como Plantar Erva Doce

Descrição

Uma das plantas mais utilizadas para o preparo de chás é o funcho (Foeniculum vulgare), nome pelo qual pesquisadores científicos tratam a popularmente conhecida erva-doce. Por ser uma das opções de bebida quente preferidas pelos brasileiros, é facilmente encontrada na versão de folhas secas e de sementes no varejo alimentício de todo o país. 

A erva-doce, além do preparo do delicioso chá,  também é usada como ingrediente para diferentes receitas culinárias. É aromatizante apreciado em bolos, pães, molhos e peixes, conferindo ainda aos pratos e alimentos um sabor especial. Ao natural, seus talos dão frescor e crocância às saladas, complementam caldos e são ótimos para mergulhar em patês quando cortados em tiras.

Indicada para aliviar problemas digestivos e flatulência e ajudar na diurese, já era, no século XII, na Alemanha, recomendada pela estudiosa de plantas medicinais, a abadessa beneditina Hildegarda de Bingen, para melhorar a digestão, o humor e a visão. A erva-doce tem propriedades antiespasmódicas, estimulantes e relaxantes, além de ser vermífugo e antirreumático. O chá feito das folhas ou sementes é dica de remédio usado há gerações para eliminar cólicas intestinais em bebês e crianças.

Como Plantar Erva Doce


Embora não haja evidências científicas, existem relatos de que a erva-doce é composta de nutrientes que auxiliam na produção de leite materno. Rica em vitamina C, além de conter vitaminas A e do complexo B, a planta contém fibras, cálcio, ferro, fósforo, potássio, cobre, sódio e zinco.

A erva-doce ainda é empregada na indústria de cosméticos para a fabricação de uma vasta gama de produtos. Empresta sua suave fragrância a sabonetes, cremes para o corpo, xampus e condicionadores, entre outros itens de perfumaria comercializados no mercado nacional.

Dotada de vários benefícios, diversas finalidades de uso e de cultivo fácil, a cultura pode contribuir para reforçar o rendimento financeiro mensal do agricultor. Pode ser plantada em pequenos espaços, junto a hortas e em qualquer região de norte a sul do país, dada sua boa adaptação ao clima variado do Brasil. Somente na primeira vez é preciso comprar as sementes, que, abundantes, não faltam para os cultivos subsequentes.
 
Pode ser plantada em pequenos espaços, junto a hortas e em qualquer região de norte a sul do país, dada sua boa adaptação ao clima variado do Brasil

Originária do Mediterrâneo, a erva-doce é uma planta que pode atingir até 2,5 metros de altura, dependendo da cultivar. Por isso, é bom apoiar o caule flexível com uma estaca, para evitar quebras com a incidência de ventos fortes. O comprimento das folhas pode se estender por 40 centímetros. Pequenas, as flores perfumadas atraem borboletas e abelhas.

Apesar de ser perene, a erva-doce é muitas vezes cultivada como planta anual ou bianual. Em regiões de clima quente, o plantio inicia-se durante o outono e, em áreas mais frias, nos meses da primavera, visto que as folhas e as sementes chegam ao ponto de colheita em momentos diferentes.

Como Plantar Erva Doce


Como Plantar

Início: As variedades de erva-doce se caracterizam pela finalidade de uso. A funcho-de-florença, ou erva-doce-de-cabeça, é ideal para o consumo do bulbo, tanto na versão crua ou grelhada quanto assada. Os caules mais grossos também são aproveitados na alimentação, como os talos do aipo (ou salsão). A funcho-bravo tem nas suas folhas delicadas seu principal produto, mas ainda oferece sementes de sabor licoroso, utilizadas como condimento.

Ambiente: Regiões de clima ameno ou moderadamente quente são as mais indicadas para o cultivo de erva-doce. A planta, no entanto, resiste a geadas leves. O local de plantio deve ser iluminado, recebendo luz direta por algumas horas do dia, o que ajuda na redução de ocorrência de pulgões, seu maior problema fitossanitário. Reserve espaço exclusivo para a cultura, pois a erva impede o crescimento de outras plantações. 

Plantio: Semeado em local definitivo, apresenta menos risco de não pegamento em comparação ao transplante de mudas. Contudo, se optar pelo uso de sementeira, faça o transplante quando a planta ainda estiver bem jovem, com no máximo quatro folhas. Como a erva-doce não tem bom desenvolvimento em solos muito ácidos, o pH indicado é na faixa de 6 a 7. A preferência é por solos bem drenados, férteis e ricos em matéria orgânica. Cultivos em vasos ou jardineiras, somente se possuírem profundidade acima de 30 centímetros, para assegurar espaço para o sistema radicular da erva-doce. Use solo leve e cascalho para drenagem.

Espaçamento: De 25 a 30 centímetros de distância entre plantas é o mais adequado para o cultivo de erva-doce. Elas devem ser cobertas com uma camada fina de solo, com cerca de 0,3 centímetro.

Cuidados com a planta:  Com regas frequentes, mantenha o solo úmido, sobretudo no período de germinação das sementes. Evite, no entanto, que fique encharcado. O florescimento precoce da erva-doce pode ocorrer com a falta de água. Principalmente nos primeiros meses de plantio, livre o local de plantas invasoras e concorrentes de nutrientes e de recursos do ambiente. Aplique um inseticida à base de piretrina para combater pulgões e moscas-brancas.

A colheita de funcho-de-florença ocorre após 80 a 100 dias depois do plantio. Faça a colheita antes de surgirem as inflorescências, para evitar que o sabor torne-se amargo. Corte a erva-doce a 2,5 centímetros do solo, altura que permitirá à planta rebrotar. Para colher as sementes, quando as flores estiverem marrom, chacoalhe firme o caule. Embaixo da planta, coloque uma tigela ou um tecido. Em seguida, deixe as sementes secarem e armazene-as em local fresco e escuro. Quando a planta atingir 15 centímetros de altura, devem ser colhidas as folhas que estiverem na parte superior.

Resumo

Solo: solos bem drenados, férteis e ricos em matéria orgânica, neutros.
Clima: ameno, tolera geadas eventuais.
Área: pode ser cultivada em vasos grandes.
Colheita: de 80 a 100 dias após o plantio, antes da florescência.


Fonte Revista Globo Rural